Eletra defende mobilidade elétrica em Brasília

Num acalorado debate no último dia 14/6 em Brasília, a diretora executiva da Eletra, Iêda de Oliveira, defendeu o apoio do Governo Federal à mobilidade elétrica no Brasil.

Ela acrescentou que o transporte elétrico não é incompatível com os biocombustíveis, diferentemente do que defende a presidente da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), Elisabeth Farina, também presente.

Segundo Iêda, a confluência entre ambas as tecnologias, e não a concorrência entre elas, é a melhor estratégia para o país. “No Brasil, há espaço para todas as tecnologias”.

APLAUSOS

Quando a representante da Unica sustentou que o novo programa RenovaBio, do governo federal, não prevê subsídios ao setor sucroalcooleiro, Iêda respondeu que essa não foi a realidade até um passado recente.

“Se não tivesse havido o Proálcool e os incentivos do Governo Federal, há mais de 30 anos, não teríamos hoje a indústria de biocombustíveis no país” – disse.

A diretora da Eletra fez ainda uma enfática defesa da redução do IPI dos veículos elétricos no Brasil. “É totalmente injustificado um veículo elétrico pagar 25% de IPI e um carro flex comum pagar apenas 7%”.

Acrescentou que mesmo essa pretendida equiparação tributária é uma medida tímida. “Deveríamos estar discutindo a tarifa zero, e não uma igualdade, pois é assim que os demais países estão tratando a eletromobilidade”.

Ao final, foi aplaudida de pé.

O debate ocorreu na manhã de quinta-feira (14/6) no auditório do Ministério dos Esportes, por iniciativa do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), da Agência de Cooperação Alemã (GIZ) e do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre).

ESTRATÉGIAS

O Seminário “Pensando a Eletromobilidade no Brasil – Um Olhar Sob as Diferentes Rotas Tecnológicas” teve também a participação de Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, e de Raul Beck, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).

À tarde, vários grupos de trabalho discutiram estratégias possíveis para a eletromobilidade no Brasil e a participação das indústrias brasileiras nesse processo.

A equipe da professora Flávia Consoni, do Laboratório de Estudos do Veículo Elétrico da Unicamp, apresentou as principais políticas de incentivos à eletromobilidade no mundo e os cenários para o setor nos próximos anos.

O seminário integra o conjunto de debates do Promob-e, iniciativa de cooperação técnica entre o MDIC e o Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, por meio da GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit).

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