Versão elétrica da Romi-Isetta começa a circular na Europa

A velha Isetta – que no Brasil recebeu o nome de Romi-Isetta – está de volta às ruas da Europa, agora em versão elétrica. Vai se chamar Microlino.

O carrinho esquisito, criado na Itália em 1953, voltou a ser fabricado em seu país de origem e começará a ser comercializado na Suíça e Alemanha a partir de abril.

O renascimento da Isetta foi possível graças a um acordo entre a suíça Micro Mobility, pequena empresa de patinetes, e a italiana Tazzari, fabricante de carros elétricos em Ímola.

A ideia do banqueiro suíço Wim Outboter, dono da Micro Mobility, é oferecer ao mercado um microcarro elétrico “popular” – ao menos, para os padrões europeus.

O Microlino começará a ser vendido a 12.500 euros, ou R$ 50.500.

O preço ainda pode ser salgado para o consumidor brasileiro, mas é quase a metade dos 22 mil euros (R$ 89 mil) do de seu concorrente mais próximo, o Smart elétrico da Daimler-Benz.

Terá duas versões, com baterias de 8 kw/h e 14,4 kw/h, autonomia de até 120 km, velocidade máxima de 90 km/h e espaço para duas pessoas.

HISTÓRIA

O Microlino conserva o mesmo estilo de “carro-bolha” que marcou o projeto original dos engenheiros italianos Ermenegildo Preti e Pierluigi Raggi.

O destaque  – é claro – é a característica porta única que abre para a frente, levando consigo o painel, o vidro dianteiro e o que seria o capô do veículo.

As primeiras Isettas começaram a ser fabricadas na Itália pela Iso Automoveicoli, uma empresa de motocicletas, com motor de 300 cc, potência de 13 cv e consumo de até 25 km por litro de gasolina.

Mas a popularidade do carrinho modesto e econômico, supostamente compatível com a realidade italiana do pós-guerra, durou pouco.

Três anos depois, em 1956, a produção foi interrompida. A Iso, então, licenciou a marca para outras empresas. Uma das interessadas foi a BMW alemã, que o fabricou até 1961.

Os atores Eva Wilma e John Herbert, num confortável passeio de Romi-Isetta

BRASIL

O outro licenciado foi Américo Emílio Romi, fundador de uma indústria de máquinas agrícolas em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo.

A primeira Romi-Isetta nacional saiu da fábrica em setembro de 1956. Foi o primeiro automóvel efetivamente produzido no Brasil.

Só que a experiência brasileira também durou pouco. Apenas três mil unidades saíram da linha de montagem.

A produção terminou em 1961, dois anos depois da morte de Américo Romi.

Mas a vida breve das várias edições da Isetta não a impediram de transformá-la num objeto de culto entre os colecionadores e apaixonados por automóveis.

Artigo: Mobilidade sustentável: hora de somar competências
ANTERIOR
Ônibus elétrico terá preço igual ao de similar a diesel em 2026
PRÓXIMO
  1. Roberto Saturnino Filho says:

    Bom gostei otimo o lançamento pena q aqui ela devera mais de 50 000.00 impostos e os fabricantes aqui no Brasil boicotam manda umas unidades para para ver eles por empecilio nossas montsdotaras estao casadas c. Govrno so quero ver.

Deixe um comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *