A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo lançou oficialmente, nesta terça (30/01), o Plano Municipal de Preservação da Mata Atlântica.
O plano já tinha sido aprovado no dia 13 de dezembro de 2017 pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente (Cades).
Ele prevê, até 2030, 170 ações de preservação e recuperação dos 45.906 mil hectares da Mata Atlântica da cidade de São Paulo, que equivalem a 30% do território municipal.
O plano foi apresentado por Anita Martins, coordenadora do projeto na Secretaria, e por Mário Mantovani, diretor da Fundação SOS Mata Atlântica.
O evento foi aberto pelo secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo de Castro, e reuniu 300 pessoas no Centro Cultural São Paulo, na Liberdade.
CORREDORES
Uma das ações mais importantes é criar três Corredores Ecológicos, nas regiões Sul, Norte e Leste da cidade.
Os corredores são áreas definidas como prioritárias para a preservação de formações florestais, por meio da integração das unidades de conservação ambiental com os parques municipais e outros usos do solo.
Corredor Sul – Conectará os parques municipais da região com a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, junto ao Parque Estadual da Serra do Mar.
Corredor Norte – Integrará os parques estaduais da Cantareira e do Jaraguá ao Parque Municipal Anhanguera; um dos principais objetivos é criar novos parques para proteger as bordas da Serra da Cantareira.
Corredor Leste – Conectará os parques municipais do Carmo e Aricanduva com as áreas florestais na divisa dos municípios de Mauá e Ferraz de Vasconcelos.
O plano prevê também ampliar as atuais nove Unidades de Conservação e aumentar o número de parques municipais.
Segundo Anita Martins, São Paulo ainda tem áreas disponíveis para novas unidades de conservação.
Uma das medidas para implementá-las será regulamentar a remuneração de “serviços ambientais” para a conservação de remanescentes de Mata Atlântica em propriedades privadas.
EXTENSÃO
A Mata Atlântica é um dos principais biomas de florestas tropicais do Brasil. Reúne 20 mil espécies vegetais, ou 35% do total do país.
Seus remanescentes espalham-se por 17 estados, do Piauí ao Rio Grande do Sul, alcançando o Leste do Paraguai e o Nordeste da Argentina.
Chegou a ocupar 1,3 milhão de km² de território brasileiro. Hoje, reduziu-se a 22% da cobertura original, sendo 8,5% bem preservados em áreas de mais de 100 hectares.
O plano municipal de São Paulo faz parte do programa nacional de preservação da Mata Atlântica previsto na Lei Federal 11.428, de 2006.
Boa notícia, uma vez que precisamos recuperar em grande parte a floresta
que anos a anos estamos destruindo.A NATUREZA agradece.