CPFL projeta 80 mil eletropostos no Brasil até 2030

Um estudo da CPFL Energia prevê a necessidade de o Brasil instalar 80 mil eletropostos públicos até 2030 para atender à demanda de veículos elétricos e híbridos no período.

O cálculo projeta uma frota de dois milhões de veículos elétricos e híbridos plug-in e uma estimativa de vendas anuais de 250 mil unidades até 2030.

Essas 250 mil unidades seriam o equivalente a 10% dos 2,5 milhões de licenciamentos de veículos novos previstos para 2018 pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Os números referem-se a automóveis e comercias leves elétricos – não incluem caminhões pesados, ônibus, motos e outros veículos levíssimos.

NÚMEROS

O Brasil, porém, ainda está muito distante daquele cenário.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o estoque total de automóveis e utilitários leves elétricos e híbridos no Brasil chegará a pouco mais de 10 mil unidades em 2018.

As vendas de veículos elétricos e híbridos novos em 2018 devem ficar no mesmo patamar do ano passado – foram 3.296 unidades em 2017, segundo os dados de emplacamentos do Renavam.

Outro estudo recente, do Centro de Pesquisa da Itaipu Binacional, estima que a frota total de veículos elétricos e híbridos de todos os tipos no Brasil – incluindo ônibus, motos e outros – seja de, no máximo, 16 mil unidades. 

O número atual de eletropostos públicos no país também é bastante incerto. A própria CPFL não tem esse número. Segundo o aplicativo PlugShare, não deve chegar a 200 pontos.

METAS

Mas a projeção da CPFL é consistente com a meta do Projeto de Lei 454, do senador Telmário Mota (PDT-RO), já em tramitação avançada no Senado.

Este projeto prevê que até 2030 10% dos veículos novos vendidos no Brasil terão de ser de movidos a combustíveis não fósseis. E fixa para 2060 a abolição total das vendas de veículos com motores a combustão.

Se for aprovado na Comissão de Meio Ambiente do Senado (como tudo indica), irá diretamente ao plenário da Câmara dos Deputados. Teoricamente, poderá ser votado ainda este ano.

Outras medidas poderão acelerar ou retardar o crescimento da frota elétrica no Brasil.

O Ministério do Desenvolvimento (MDIC), por exemplo, está em fase final de elaboração de um Plano Nacional de Eletromobilidade.

Não se sabe, no entanto, se o futuro governo de Jair Bolsonaro acatará o plano – o próprio  MIDC provavelmente desaparecerá, fundindo-se com o  Ministério da Fazenda.

O cenário projetado pela CPFL Energia é o resultado de cinco anos de estudos sobre a eletromobilidade no Brasil, desenvolvidos pelo seu programa de pesquisa Emotive.

A distribuidora de energia do interior de São Paulo já instalou 25 eletropostos na região de Campinas e Jundiaí e testa, em condições reais de uso, 14 veículos elétricos de diferentes marcas e tecnologias. 

 

 

 

 

 

 

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